BLOG
Projeto do Campo à Mesa capacita e gera renda para pequenos produtores rurais
Projeto do Campo à Mesa capacita e gera renda para pequenos produtores rurais
Em 10 anos de trabalho a Semear tem modificado a história de muitas famílias que vivem nos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha. Comemoramos diariamente o avanço de várias ações de amor, uma delas é o projeto agroecológico Do Campo à Mesa que está a poucos meses da primeira colheita de abóbora maranhão.
“O sucesso dessa empreitada tem sido possível graças a participação amorosa de muitos corações amigos. Madrinhas e padrinhos comprometidos com o desenvolvimento daquelas regiões e com o futuro das famílias que ali residem, técnicos agrícolas do Projeto Frutificar, nossos parceiros que compartilham modernos conhecimentos e acompanham de perto os agricultores em todas as etapas, esclarecendo dúvidas e indicando estratégias eficazes. Não menos importante é o engajamento e a participação dos pequenos produtores rurais que abraçaram a proposta ávidos por adquirirem novos conhecimentos e encorajados pelo apoio permanente que recebem da Semear”, destaca Joice Cardoso, fundadora Presidente da Associação.
No dia 19 de março realizamos a etapa de semeadura de abóbora maranhão nas propriedades dos pequenos agricultores familiares da comunidade de Pedra Lanhada I, que aderiram ao projeto agroecológico criado pela ONG para fortalecer e capacitar o trabalhador do campo – cerca de 30 mil m2 de área foram semeadas. Para reduzir os riscos relacionados à colocação do produto no mercado, a venda de toda a produção foi providenciada antes da semeadura e a colheita será feita entre 3 e 4 meses.
Investimos em metodologias agroecológicas baseadas em práticas sustentáveis que valorizam o manejo ecológico dos recursos naturais, a participação coletiva e familiar nos processos de produção, a qualidade de vida e do alimento que não é contaminado com agrotóxicos, além da preservação ambiental. A parceria entre a Semear e a equipe do Projeto Frutificar é um divisor de águas para as famílias que utilizavam sistemas de cultivo pouco eficientes, frequentemente com perda total da modesta produção, por desconhecerem metodologias inovadoras de cultivo e irrigação, limitando-se a cultura de subsistência que era feita unicamente na época das chuvas. Hoje, além de poderem garantir alimento para a própria família, pais e mães conquistam competências para abastecerem os mercados locais e regionais, tornam-se empreendedores rurais e conquistam a dignidade por muito tempo perdida.
Nos dias 21 e 22 de abril a equipe dedicou-se a adubação foliar e de cobertura. “Um grande desafio foi auxiliar produtores ‘sem leitura’, como se autodenominam nossos filhos analfabetos, a compreenderem a forma correta de utilização de adubos diferentes – quantidades, diluições, intervalos – e a construírem um cronograma compreensível nesse contexto” esclarece Sérgio Cardoso, fundador e Vice-Presidente da ONG.
Estamos próximos da etapa de colheita que irá garantir retorno financeiro a curto prazo não apenas para bancar o investimento inicial e o sustento das famílias, mas para garantir a continuidade e exuberância das lavouras futuras, com qualidade nutricional e diversidade produtiva, além da oferta de alimentos livres de agrotóxicos, cultivados de acordo com os princípios sustentáveis da agroecologia.