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Semear no Vale fomenta avanços no saneamento básico rural e estimula o monitoramento da qualidade da água no Vale do Mucuri

Os dados e índices oficiais do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), produzido pelo Ministério das Cidades, revelam que nos últimos 21 anos o acesso aos serviços sanitários e à água potável evoluíram muito pouco no Brasil. São mais de 100 milhões de brasileiros que não possuem coleta e tratamento de esgotamento sanitário e 34 milhões, em pleno século 21, não tem acesso à água potável.

A Associação Semear no Vale, consciente do direito de todos a terem acesso aos serviços de saneamento básico e à água potável, e conhecendo de perto os efeitos perversos da ausência desses recursos sobre a saúde e qualidade de vida das comunidades que vivem nas áreas rurais do Vale do Mucuri e do Jequitinhonha, tem mobilizado esforços e investimentos para modificar essa realidade.

Criou o projeto Banheiros Transformam Vidas, construindo banheiros multiuso equipados com fossas sépticas econômicas, área de tanque, pia e fornecimento de água filtrada para populações que residem nas áreas rurais do Vale do Mucuri, inicialmente, na comunidade de Pedra Lanhada I.

Em parceria com o Grupo de Extensão e Pesquisa em Agricultura Familiar – GEPAF – da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, a associação participou, na comunidade de Pedra Lanhada I, da etapa de coleta de amostras de água utilizadas pela comunidade local, nas bicas, torneiras dos banheiros multiuso, esgoto e efluentes nas novas fossas, para a análise microbiológica de coliformes totais e Escherichia coli, a fim de verificar a eficiência do novo sistema de esgotamento sanitário e a qualidade da água consumida pelas famílias.

A presidente da ONG, Joice Cardoso, enfatizou o compromisso da instituição em estabelecer novas parcerias que, para além da avaliação, promovam estratégias de proteção dos lençóis freáticos, nascentes, rios, lagos, mananciais e bacias hidrográficas. “Para além da introdução de ações de saneamento básico rural, temos como meta a implantação de estratégias concretas de defesa, preservação e conservação do meio ambiente hídrico, a partir da mobilização e engajamento comunitário, uma condição para o desenvolvimento sustentável local”, declara.

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